top of page

Dançando com o Saíra-sete-cores

A espécie saíra-sete-cores (Tangara seledon) é uma ave da Ordem Passeriforme que pertence à família Thraupidae. Seu nome científico significa do (tupi) tangará, dançarino, em razão das acrobacias que faz durante seu forrageamento; e do (alemão) “seledonkopf”, verde-claro. Medindo aproximadamente 13 centímetros, apresenta uma plumagem muito colorida, com a cabeça turquesa; faixa amarelada larga na nuca e nas laterais do pescoço; garganta, base do bico e dorso pretos; região caudal do dorso alaranjada; flancos verdes e, por fim, peito e centro da barriga azuis. As diferenças entre macho e fêmea se dão pela intensidade da coloração da pelagem, sendo que a do macho é mais evidente.

Além de ser amplamente conhecida pelo pela beleza de sua plumagem, também possuiu um forte e marcante canto trissilábico descendente que emite no crepúsculo e um canto de madrugada. É uma ave monogâmica e, apesar de passarem a maior parte do ano em bandos numerosos, no período reprodutivo, geralmente no segundo semestre, as saíras se separam em casais para a reprodução. Os ninhos são construídos com gramas e folhas, forrado com materiais macios e escondidos nas árvores. Sua alimentação se constitui principalmente de frutos, como os de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju, mas também se alimenta de pequenos insetos. É muito frequente nas matas baixas do litoral, mas pode ser encontrada no alto das serras, tendo uma distribuição geográfica, no Brasil, que se concentra no sudeste. Entretanto, ela ocorre desde a Bahia ao Rio Grande do Sul, e em outros países da América Latina, como Paraguai e Argentina.

Devido à sua coloração marcante e chamativa e ao seu canto característico, a saíra-sete-cores se tornou logo alvo dos traficantes e comerciantes ilegais de animais silvestres. Também são intensamente pela destruição do bioma da Mata Atlântica e pela fragmentação de habitat devido à alta densidade demográfica humana na sua principal área de ocorrência no país (sudeste). Apesar de, conforme a lista da IUCN e do ICMBio de 2018, ser classificada como "Pouco Preocupante" (LC), é perceptível seu declínio populacional devido às ameaças antrópicas.

Atualmente, a ave foi contemplada por duas organizações não governamentais de caráter ambientalista. Primeiramente, a Agência Ambiental Pick-upau, fundada em 1999, que possui o Projeto Aves voltado para o estudo e conservação desses animais. Por meio de levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes e atividades socioambientais ela busca reafirmar a importância da conservação das comunidades de avifauna. Em segunda instância, também destaca-se o Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, localizado em Jaraguá do Sul, SC, e constituído em 2003, desenvolve projetos de educação ambiental na região. Ele atua em escolas do ensino fundamental e médio focando na conscientização dos jovens acerca da importância dos serviços ambientais das áreas remanescentes de Mata Atlântica. Além disso, visa a proteção dos mananciais e da rica biodiversidade que ali habita, como por exemplo, o T. seledon.


Autora: Luiza Esteves Silva


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SILVEIRA, Luís. Mundo das Aves: As Saíras. Revista Cães & Cia. Páginas 58 e 59, volume 385. 01 de janeiro de 2011.

REIS, Viviane Rodrigues. Projeto Aves: Saíra-sete-cores. Agência ambiental Pick- upau. 26 de novembro de 2018. Disponível em < http://www.pick-upau.org.br/ong/noticias/noticias_2018/2018.11.26_ ong-materia-especie-saira-sete-cores/materia-projeto-aves-saira-sete-cores-pick-upau.htm> Acesso em: 14 de setembro de 2020


JUNIOR,Germano Woehl. SAÍRA-DE-SETE-CORES. Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade. 25 de julho de 2009 Disponível em: <http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=118> Acesso em: 14 de setembro de 2020

Aves Catarinenses. Saíra-sete-cores Disponível em <http://www.avescatarinenses.com.br/animais/1-aves/220-saira-sete-cores/3519> Acesso em: 14 de setembro de 2020

ICMBio/MMA. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume I, página 165. Brasília, DF. 2018.


Comentários


ACOMPANHE NOSSO TRABALHO NAS REDES SOCIAIS!

  • Facebook
  • Instagram

©2019 por Jéssica de Souza 

©2020 por Janaina Duarte

 Proudly created with Wix.com

bottom of page