O voo majestoso do Albatroz-real
- GEAS UFMG
- 21 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Autora: Janaina Ribeiro Duarte
O albatroz-real é uma ave procelariforme da família Diomedeidae. Também conhecido como albatroz-real-meridional. Seu nome científico, Diomedea epomophora, significa ave guerreira com manchas sobre os ombros.
Pode chegar a medir 122 cm e pesa até 9 kg. Tem o bico possante rosado com a ponta amarela e com as narinas abrindo para frente. Os juvenis deixam o ninho com plumagem similar à dos adultos, com a diferença de que a face superior das asas é negra e com um número variável de penas escuras no dorso, produzindo um efeito de finas manchas. Com o tempo, a face superior das asas começa a adquirir branco a partir de sua borda anterior, até tornar-se quase totalmente branca em exemplares muito velhos.
Sua alimentação é constituída principalmente de cefalópodes, perfazendo 75% de sua dieta, peixes e alguns crustáceos. Devido à sua falta de manobrabilidade, raramente pega presas em voo. Em vez disso, assenta na água e pega o alimento utilizando um método conhecido como apreensão tensoativa.
Quando acasala, o par é mantido para o resto da vida. Apresenta extensa e variada corte, que inclui ações como tocar o bico um do outro, apontar o bico para cima e emitir sons e tocar os flancos. A corte é desnecessária para as aves que tenham se acasalado no ano anterior. O casal geralmente usa o mesmo ninho utilizado anteriormente.
A fêmea faz a postura de apenas 1 ovo, por volta de novembro e dezembro, e em seguida volta ao mar para se alimentar. O macho é deixado para chocar o ovo até a volta da fêmea, por vezes ficando sem comida ou água durante 2 a 3 semanas. Quando a fêmea retorna ao ninho, o macho sai para encontrar comida e reconstituir a sua energia. Este padrão continua até a eclosão do ovo, que leva geralmente 79 dias, em meados de fevereiro ou março. Quando o filhote nasce, ambos os pais o alimentam, regressando ao ninho diariamente com uma refeição de lulas e peixes parcialmente digeridos e de um óleo que os adultos produzem durante a digestão dos alimentos e que é rico em gorduras e nutrientes. O filhote tem capacidade para voar e deixar o ninho geralmente depois de 240 dias de vida.
Menos pelágico que o albatroz-errante (Diomedea exulans) e de ocorrência acidental nos mares brasileiros. É mais comum nos mares circumpolares próximo à Nova Zelândia e ilhas adjacentes, onde nidifica. Embora seu voo seja majestoso, suas decolagens e aterrissagens não são nada graciosas. Lesões podem ocorrer quando aterrissam em bases sólidas.
É geralmente silencioso no mar, mas pode se tornar bastante barulhento quando se compete por alimento, especialmente em torno de peixes e barcos. Tem uma vida média de 58 anos e se torna sexualmente maduro com 9 a 11 anos.
Encontrado nos mares circumpolares do sul, principalmente próximo à Nova Zelândia. No Brasil é ocasionalmente encontrado nas costas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.Status de conservação: VU ( IUCN ) e listada no Apêndice II da Convenção de Espécies Migratórias (CMS).

Referências
Ornitologia Brasileira - Helmut Sick.
SIGRIST, T. Aves do Brasil: Uma Visão Artística, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2004.
Wikipédia - disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Albatroz-real-meridional Acesso em 21 jan. 2022
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